Imagem – Optomap de Retinopatia do Prematuro. Lesões periféricas, membrana epirretiniana e estiramento dos vasos​

 

São especiais e, por isso mesmo, exigem cuidados diferenciados e berços aquecidos. Ficar na incubadora é isso mesmo, uma espécie de redoma que irá ajudar a aumentar a hipótese de sobrevivência, ao mesmo tempo que se tenta evitar a morbilidade.

Por vezes, a redoma não é suficiente para cumprir o que o tempo deveria fazer e a imaturidade de órgãos ou de sistemas, como a respiração ou a visão, tornam estes bebés especialmente vulneráreis a determinadas patologias. A retinopatia do prematuro é apenas uma. Mas foi aqui, no Centro Cirúrgico de Coimbra, que António Travassos apresentou uma solução inovadora a nível mundial, que previne a cegueira destes pequenos bebés, que nascem prematuramente e antes de estar concluído o processo de desenvolvimento dos vasos sanguíneos que existem nos olhos.

A solução apresentada e publicada em revistas da especialidade (2006), acabou por se generalizar e pode ser uma prática corrente a aplicar a algumas destas crianças. Foi provado e demonstrado que a injeção intravítrea anti- VEGF melhora o prognóstico destes casos, que acabaram por desenvolver um normal processo de vascularização. Paralelamente, poderá ainda ser associada a necessidade de uma intervenção cirúrgica, seja a laser, seja com recurso a vitrectomia.

Ambas as soluções visam um único objetivo: evitar a cegueira do bebé que nasceu antes do tempo necessário para que ocorra o desenvolvimento do olho o que, normalmente, acontece durante as últimas 12 semanas de gestão.

Temos muito orgulho nos “nossos” bebés prematuros que, hoje, já são homens e mulheres com uma visão normal ou quase normal.

Pode ver alguns casos clínicos de retinopatia do prematuro no Atlas RL-eye.

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