A obesidade é actualmente reconhecida como uma doença crónica que afecta, de modo cada vez mais marcante, as sociedades industrializadas. Tornou-se já um lugar comum classificá-la como a epidemia do século XXI e como um grave problema de saúde pública.

Em Portugal, a obesidade assume proporções alarmantes: existe a maior taxa de obesidade infantil da Europa, mais de um milhão e meio de obesos, e estima-se que exista entre 200 e 300 mil doentes com a denominada obesidade mórbida, em que o IMC é igual ou superior a 40 (IMC= peso/(altura)2).

As causas da obesidade são múltiplas. Erros alimentares e sedentarismo constituem a associação mais frequentemente apontada como causa da obesidade. Mas existem também factores genéticos, hormonais, psicológicos e sócio-económicos que conferem à etilogia da doença características multifactoriais.

Ao aumento de peso associam-se frequentemente outras patologias, como hipertensão arterial, diabetes, dislipidemias, apneia do sono, artrose e varizes, entre muitas outras, que, nos seus mais variados aspectos, implicam limitações e custos, económicos e sociais, que condicionam a qualidade e esperança de vida dos doentes.

O tratamento cirúrgico é reconhecidamente o método mais eficaz de tratamento da obesidade, existindo múltiplos procedimentos:

Procedimentos cirúrgicos essencialmente restritivos, que reduzem o reservatório do estômago, como a BANDA GÁSTRICA e a GASTRECTOMIA TUBULAR (SLEEVE).
Procedimentos mistos, que associam à diminuição do reservatório do estômago (efeito restritivo), a exclusão de segmentos intestinais do circuito alimentar e da passagem da bílis e enzimas digestivos (efeito de Malabsorção), como o BYPASS GÁSTRICO e a DERIVAÇÃO BILIOPANCREÁTICA COM DUODENAL SWITCH.
Em qualquer dos casos, a abordagem cirúrgica é essencialmente efectuada através da Laparascopia, uma Cirurgia Minimamente Invasiva, determinante para a diminuição do risco cirúrgico.

Os candidatos formais para a Cirurgia Bariática são doentes com IMC igual ou superior a 40, ou com IMC entre 35 e 40 e morbilidades associadas.

Em Cirurgia Bariática não existe o procedimento ideal. Este deverá ser adequado ao perfil de cada doente, ponderando os múltiplos factores que constituem a sua realidade: peso, perfil psicológico, hábitos alimentares, hábitos quotidianos, profissão e estado geral de saúde.

Tudo isto envolve recursos multidisciplinares, quer na fase de estudo e avaliação pré cirúrgica, quer durante a cirurgia, quer no seguimento pós-cirúrgico que, se transformará num acompanhamento cada vez mais espaçado no tempo, mas que deverá decorrer ao longo da vida do doente.

No Centro Cirúrgico de Coimbra dispomos dos recursos materiais e de uma equipa experiente neste tipo de procedimentos. O grupo multidisciplinar é coordenado pelo Dr. Pedro Gomes, cirurgião reconhecido em Cirurgia Bariátrica e Cirurgia Minimamente Invasiva, que pratica, selectivamente, os procedimentos cirúrgicos enunciados: Banda Gástrica, Gastrectomia Tubular (sleeve), ByPass Gástrico, Derivação Biliopancreática com Duodenal Switch. Esta equipa é composta por anestesiologistas com ampla experiência em anestesia de grandes obesos.

Antes da cirurgia, todos os doentes são avaliados em consultas de Endocrinologia, Dietética e Psicologia. Tendo em conta a história clínica de cada doente, outras especialidades poderão dar apoio circunstancial: Gastroenterologia, Cardiologia, Pneumologia, Neurologia, Psiquiatria, Ortopedia, Fisiatria e Cirurgia Plástica para modulação corporal após a estabilização da perda de peso.

Nesta área existe um grupo multidisciplinar, liderado por uma equipa cirúrgica com experiência em tratamento de obesidade mórbida:

. Cirurgião
. Endocrinologista
. Dietista
. Psicólogo clínico
. Gastrenterologista
. Cardiologista
. Pneumologista
. Cirurgião plástico

O Centro Cirúrgico foi considerado pelo Ministério da Saúde como Unidade Privada acreditada para beneficiar da sua participação no tratamento da Obesidade.

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